Por que não me identifico com nada na internet?
Até que ponto nos deixamos levar pelas influências midiáticas?
Você já se encontrou em um momento que precisa escolher uma roupa pra sair e não sabe o que usar, e então você abre o pinterest, pesquisa por referências e se sente mais perdida do que antes? Pois bem, eu também. Às vezes tenho a sensação de que nunca vou estar estilosa o suficiente, arrumada o suficiente, bonita o suficiente para sair. E sim, isso é culpa da internet.
É comum que busquemos por referências, nos ajuda a nos entender como ser humano no mundo, mas até que ponto isso não afeta nossa identidade? As redes sociais vêm atrapalhando e piorando esse sentimento cada vez mais. Nós estamos sendo bombardeados 24 horas por dia com vídeos e fotos com novas referências de moda, com tendências surgindo e desaparecendo muito rápido. Não temos tempo de respirar. É tóxico. Debatemos tanto sobre como “somos livre para escolher”, o livre arbítrio do estilo, mas até que ponto realmente somos livres?
Somos livres quando pesquisamos por tendências no tik tok ou no pinterest?
Somos livres quando compramos roupas idênticas de famosas?
Será que estou comprando algo que me identifico e faz parte da minha personalidade, estética, ou estou comprando por que quero ter o estilo de vida de uma famosa?
Claro que sermos influenciados pela elite não é novidade, há séculos mulheres e homens ricos ditam a tendência do momento. Ditam quais são os melhores tecidos, as melhores cores, as melhores modelagens. Porém, antigamente a troca de tendências levava uma década, por isso as décadas de 20 a 2000 são tão marcantes, cada uma possui sua identidade e há o “tempo de respiro” entre elas.
Mas ta, e como eu resolvo isso? Eu acredito que não há uma solução de fácil acesso sobre isso, mas acredito que podemos determinar como queremos ser (influenciados) no mundo. É preciso pensar: Será que faz sentido acompanhar fulana? Fulana tem um lifestyle parecido com o meu? Eu me sinto bem, inspirada com o conteúdo dela ou me sinto vazia, me comparo e sinto que nunca vou alcançar esse padrão? Fulana produz conteúdo que agrega, inspira de verdade ou ela é só mais uma que influencia seu público a ser consumista? Porque, afinal, gravar mil e um “Get Already With Me” feitos de compras e mais compras (muitas das vezes da Shein) não é conteúdo de moda, e sim consumismo.
Vai de nós sabermos nos desligar (nem que por 5 minutos) das redes e entender o que gostamos. Como eu gosto de me vestir? Como eu quero me mostrar pra sociedade? Sobre o que eu gosto de ler, ouvir, assistir? Entendendo quem nós somos, fica mais fácil pesquisar referências para aprimorar nosso estilo.
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With love, Mari💞
parece que a internet me ensinou a querer ser tudo, menos eu mesma. e agora eu nem sei mais quem sou.